Nem todos gostam das nossas pizzas. E está tudo bem.
- Cláudio Cruz
- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Na semana passada, numa noite de casa cheia, uma cliente fez questão de dizer, em voz alta, que o que servimos aqui na Pizaria ComSaber “nem sequer são pizzas”.
Disse ainda que, se eu fosse a Itália, perceberia o que era uma pizza a sério. E que em Pombal, “as pessoas comem qualquer coisa”.
Fiquei enervado. Sou humano. Mas mantive a postura.
Respondi com educação que há clientes nossos que já estiveram em Itália — e mesmo assim, dizem que as nossas são melhores. Que o facto de ela gostar de outro estilo não tornava a nossa má.
E que, se voltasse, eu fazia-lhe uma pizza ao gosto dela. Mais simples. Até me poupava dinheiro. E sorri.
Mas fiquei a pensar. E acho que este episódio merece ser contado. Não para expor ninguém — mas para partilhar convosco o que sentimos deste lado.
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Não queremos ser uma cópia. Queremos ser ComSaber.
A nossa história começou sem certezas, sem experiência no ramo e com muito mais horas de trabalho do que de descanso. Fizemos pizzas para conseguir pagar as contas enquanto tentávamos implementar o nosso conceito.
Mas, pouco a pouco, os clientes começaram a gostar. A elogiar. A voltar.
E percebemos uma coisa:
Não precisávamos de ser "como em Itália". Precisávamos de ser bons à nossa maneira.
As nossas pizzas são generosas, com ingredientes frescos, bem recheadas — e feitas com o amor de quem deu tudo para que este sonho se tornasse realidade.
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Pombal não come “qualquer coisa”. Come com orgulho.
Se estamos aqui hoje, é porque esta terra acreditou em nós. Porque os nossos clientes — vocês — nos deram força, elogiaram, criticaram de forma construtiva, voltaram, recomendaram.
Há quem entre para provar. E há quem entre para nos apoiar.
E a esses, devemos tudo.
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Por isso, sim, as nossas pizzas são diferentes.
São diferentes porque levam o nosso coração, o nosso sacrifício e a nossa história.
E tudo isso tem um sabor que nenhuma receita de Itália pode copiar.


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